quarta-feira, 1 de junho de 2011


FONOAUDIOLOGIA


É a ciência que atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológicas na área da comunicação oral e escrita, motricidade orofacial, voz e audição, bem como em aperfeiçoamento dos padrões da fala e da voz.
            A intervenção fonoaudiológica é realizada em crianças, adolescentes, adultos e idosos.
            É de grande importância que a estimulação fonoaudiológica aconteça o mais precocemente possível, objetivando resultados mais rápidos e satisfatórios.
            Prevenir é, sem dúvida, a forma mais adequada de evitar certos tipos de alterações fonoaudiológicas, visando assim, uma melhor qualidade de vida.

           Campo de atuação: Hospitais e Maternidades; Consultórios e Home Care; Clínicas e Instituições de Reabilitação; Centros Auditivos; Serviços de Saúde Ocupacional; Berçários e Escolas (regulares e especiais); Empresas, Fábricas e Indústrias; Asilos; entre outros.

           A comunicação consiste na transferência de uma mensagem entre dois ou mais indivíduos e jamais poderá ser unilateral. Só quando emissor e receptor têm a intenção de se comunicarem. A mensagem pode ser verbal ou não-verbal.
           Embora todas as criaturas vivas se comuniquem, somente os seres humanos trocam informações através de um código que chamamos de linguagem.
            A linguagem constitui uma das formas de expressão do psiquismo humano, pois através da comunicação, o pensamento e o sentimento do homem se revelam.
            A necessidade de trocar mensagens é, de alguma forma, essencial à humanidade.




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TERAPIA FLORAL (FLORAIS DE BACH)


Criada na década de 30 por Edward Bach, a Terapia Floral segue alguns princípios da homeopatia, como, por exemplo, tratar as doenças pelas causas e não pelos sintomas.
             O Dr. Edward Bach (1886-1936), foi um médico clínico (especializado em bacteriologia, imunologia e saúde pública) e homeopata de origem galesa, que dedicou sua vida à busca de métodos mais puros de cura. Defendia a ideia de que as doenças são consequências de um desequilíbrio emocional e mental e as emoções fazem parte da enfermidade, portanto, não se tratam apenas com a medicina tradicional.
             Aqui, o ser humano é visto de forma integral em seus aspectos físicos, mental, emocional e espiritual, todos interligados e interdependentes funcionando como um sistema onde o desajuste ou desequilíbrio de um dos aspectos atingirá os demais.
             Os Florais de Bach são medicamentos obtidos a partir da energia extraída de algumas flores localizadas em uma determinada região da Inglaterra, que agem no plano mais sutil do indivíduo.
             Seu efeito benéfico foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 1976. Ela auxilia o ser humano na descoberta e compreensão das suas emoções e padrões de comportamento, trazendo um caminho para o equilíbrio pessoal e cura das doenças.
             Os florais podem ser ministrados junto com outros tratamentos, pois não provocam efeitos colaterais. Assim como também podem tratar de animais e plantas com a mesma responsabilidade e eficácia.

              O tratamento utilizando os florais de Bach tem um custo consideravelmente baixo, onde a fórmula é realizada em farmácias de manipulação especializadas. Normalmente um frasco de floral é administrado em conta-gotas e tem validade de um mês.
 

DURAÇÃO DO TRATAMENTO
                    Não existe um prazo específico para terminar um tratamento com florais, depende do que você quer resolver, de como os florais agem em você, até onde você deseja chegar e, principalmente se o seu problema é antigo ou recente.
                    Imagine aquele leite que colocamos para ferver e esquecemos no fogo; ele ferve, "sobe" e derrama no fogão, se limparmos na hora, enquanto o leite ainda estiver quente, limparemos rapidinho, com facilidade, mas se deixarmos para o dia seguinte, vai secar, grudar no fogão e precisaremos de força, produtos abrasivos, mais trabalho e tempo maior para limpar.

AO TOMAR FLORAIS:
1- Nunca deixe o seu vidro no sol ou em lugares muito abafados, como por exemplo porta luvas de carros.
2- Não deixe seu vidro próximo a aparelhos eletro eletrônicos pois a energia do mesmo será modificada.
3- Tome sempre o floral da forma indicada, qualquer dúvida ou reação indesejada, procure seu terapeuta, mas não suspenda a administração.
4- Não tome mais gotas do que está estipulado, o floral é energia quântica, portanto, doses exageradas torna-se um desperdício.
5- Sempre tome seu floral diretamente na boca, na região sublingual (região de maior absorção) e “guarde” por uns 30 seg para engoli-lo.
6- Os florais não têm contra indicação e não causam efeitos colaterais. Ocorre, entretanto um processo de catarse, onde o organismo coloca para fora as emoções, geralmente usando para isso o corpo físico, comunique seu terapeuta toda e qualquer alteração que perceber.
7- Sua observação é o que há de mais preciso para a perfeita continuidade e harmonia do seu tratamento. Informe o terapeuta cada detalhe do que ocorre com você desde que iniciou o tratamento: sonhos, sono funcionamento do intestino, apetite, ânimo, enfim cada detalhe é importante. Observe-se ao máximo.
8- Usualmente as essências são manipuladas em água mineral com 30% de Brand, entretanto podem também ser manipulados em glicerina ou vinagre e até mesmo apenas em água mineral. Escolha o veículo que melhor agrade o seu paladar.


" O REMÉDIO DESTINADO À RECUPERAÇÃO DO CORPO É O SÍMBOLO DO AMOR COM QUE NOS SERÁ POSSÍVEL REAJUSTAR A HARMONIA DA ALMA DOENTE. O MEDICAMENTO AGE DOSE  A DOSE. O AMOR OPERA GESTO A GESTO. "
CHICO XAVIER

sexta-feira, 20 de maio de 2011

THE KINGS SPEECH - O DISCURSO DO REI

Gênero: Drama e História
Duração: 118 min
Origem: Reino Unido e Austrália
Direção: Tom Hooper
Roteiro: David Seidler
Distribuidora: Paris Filmes
Ano: 2010

SINOPSE:

          História do rei George VI, pai da atual rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Após ver seu irmão Edward (Guy Pearce) abdicar o trono inglês, o jovem George (Colim Firth) se vê obrigado a assumir relutantemente a coroa. Dono de uma gagueira nervosa que o impede de discursar para o público, o rei busca a ajuda do terapeuta nada ortodoxo Lionel Logue (Geoffrey Rush). Em meio a tudo isso, precisa juntar forças para comandar o país na Segunda Guerra Mundial.

ASSISTA AO FILME CLICANDO NO LINK ABAIXO:
http://www.brasilianfilmes.com/2011/06/assistir-o-discurso-do-rei-legendado.html


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O REI, A GAGUEIRA E A FONOAUDIOLOGIA


          O Discurso do Rei é um filme que trouxe a Fonoaudiologia e a gagueira ao centro das atenções. Quem diria? Gagueira como tema central de um filme tão bem interpretado e, levada a sério de forma tão contundente!

          Para nós, a grande contribuição do filme é mostrar que gagueira é da Fonoaudiologia, e o é desde antes da II Guerra Mundial. O trabalho terapêutico realizado com a fala do duque que se torna rei foi a única experiência, dentro as tantas “sofridas” por ele que produziu resultados efetivos. Foi a única que lhe permitiu ser a voz do povo no discurso que dá nome ao filme. Ou seja: apesar das questões psicossociais que representam o (des)conhecimento que havia sobre gagueira na época, foi um fonoaudiólogo que mudou o cenário.

          Hoje o entendimento de que gagueira é um distúrbio neurobiológico, localizado na área da linguagem do cérebro, assim como suas características genéticas não são mais dúvida nas comunidades internacionais que se dedicam ao seu estudo. Logo, gagueira, por ser um distúrbio de linguagem, é da Fonoaudiologia. Tomara que essa compreensão se dissemine pelas universidades e pelos corações e mentes dos profissionais brasileiros da área.

          Também é importante comentar sobre Lionel Logue. Ele se diz autodidata e desenvolve “técnicas”, um exemplo claro é a insistência para que o rei aprenda respiração diafragmática. Hoje há formas melhores de aprender a sincronizar respiração e a fala do que ter uma rainha sentada sobre a barriga de alguém. Ou ainda: “Deslizar nas palavras” é uma técnica eficaz, usada por muitos terapeutas ainda hoje. E, por fim, aumentar a autoconfiança em situações de fala. Encarar a gagueira (ou qualquer patologia) como um desafio e não como uma ameaça é muito benefício para todos.

          Talvez aqui resida a maior importância de Logue. Um terapeuta que tem domínio do seu fazer é confiante e passa confiança. Tem condições de estabelecer vínculos sólidos que permitem ao paciente encarar uma rotina terapêutica nem sempre fácil e abandonar ideias de soluções mágicas.

          Conhecimento científico atualizado, diagnósticos diferenciais entre disfluência e gagueira, terapia baseada em produção de evidências são indispensáveis hoje. Saber que uma criança tratada o mais perto do inicio de suas não fluências tem de 98% a 100% de chances de superá-la; que não se espera dois anos para ver “se passa”; que tratar crianças que gaguejam não é o mesmo que tratar adultos, que tratar gagueira não é o mesmo que tratar voz, entre outros, são saberes que não combinam com autodidatismo. Combinam com um fazer fonoaudiológico competente e qualificado.

O Discurso do Rei dá a todos a valiosa oportunidade de mostrar que
GAGUEIRA É, SIM, DA FONOAUDIOLOGIA !!!

domingo, 20 de março de 2011

ATENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA AUMENTA A QUALIDADE DE VIDA DE SOROPOSITIVOS

O trabalho fonoaudiológico direcionado a soropositivos proporciona melhora na qualidade de vida desses pacientes e auxilia na inserção dos portadores da doença no meio social em que vivem. “Além disso, mantém e recupera padrões do sistema sensório-motor oral essenciais para uma alimentação adequada, boa comunicação, preservação da audição e melhora dos aspectos de memória e atenção”, explica a fonoaudióloga Priscila Goretti de Landa (CRFa 5510-MG), que trabalha no Centro de Apoio e Solidaried’AIDS – Grupo Casa, em Juiz de Fora (MG).

No Brasil, já foram registrados, desde 1980 até junho de 2010, 592.914 casos de AIDS (doença já manifestada), de acordo com dados do Boletim Epidemiológico AIDS 2010 do Ministério da Saúde (MS). Segundo informações do MS, a epidemia continua estável. A taxa de incidência da doença oscila em torno de 20 casos por 100 mil habitantes. Além disso, o coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 1998, apresenta-se em torno de seis óbitos por 100 mil habitantes.

De acordo com Priscila, inicialmente, são realizados os trabalhos de prevenção, triagem e encaminhamentos necessários. Posteriormente, são feitas as avaliações e reabilitações dos órgãos fonoarticulatórios, das funções do sistema sensório-motor oral, da linguagem oral e escrita e da audição.

De acordo com a fonoaudióloga Amanda Reis (CRFa 4081-MG), que também atua no Centro de Apoio e Solidaried’AIDS, os pacientes soropositivos apresentam sintomas como lipodistrofia facial (perda de massa muscular e de gordura), devido ao uso dos antiretrovirais. O tratamento desse efeito colateral é um dos principais focos do trabalho, porque a lipodistrofia facial afeta as estruturas e funções do sistema sensório-motor oral. “As doenças oportunistas geram dificuldades de mastigação, deglutição, fala e audição, que também afetam os órgãos fonoarticulatórios e a linguagem”, completa.

A fonoaudióloga Karina Zanella Pimentel (CRFa 3436-ES) conta que atende pacientes no Centro de Referencia em DST/Aids de Cariacica (ES) com queixas fonoaudiológicas e pacientes em fase crônica da doença, com disfagia e distúrbios da comunicação, como disartria. Segundo ela, as gestantes soropositivas são orientadas sobre a possibilidade de transmissão do vírus pelo leite materno e sobre alternativas para oferecer a alimentação.

De acordo com Karina, a infecção pelo vírus HIV representa um dos maiores problemas de saúde pública e apresenta diferentes manifestações clínicas, além das alterações fonoaudiológicas, cometimentos neurológicos.



(Fonte: COMUNICAR – Revista do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia – Ano XII – Nº 48 – janeiro-março de 2011)

domingo, 26 de dezembro de 2010

SUPERANDO AS DIFICULDADES ATRAVÉS DOS LIVROS

Emocionante história de Robson Mendonça, ex-morador de rua que atualmente viabiliza o acesso da população, pricipalmente os mais carentes, aos livros através da BICICLOTECA - Biblioteca Itinerante (projeto patrocinado por um escritório de advocacia em sâo Paulo).


http://br.noticias.yahoo.com/persona--de-morador-de-rua-incentivador-da-cultura-in%C3%ADcio-da-bicicloteca-165638972.html

domingo, 5 de setembro de 2010

MÚSICA PARA CRIANÇA É COISA SÉRIA

TRABALHOS DA PALAVRA CANTADA, PATO FU, ADRIANA CALCANHOTO E OUTROS ARTISTAS COMPROVAM QUE PRODUÇÃO FEITA PARA OS PEQUENOS DEVE APRESENTAR CONTEÚDO LÚDICO E INTELIGENTE.



          Fazer música para crianças não é uma tarefa tão simples quanto parece. É um trabalho que vai muito além de misturar palavras e sons para criar melodias baseadas na rima e na repetição rítmica. Por trás de cada composição, é preciso dar vida a versos e refrões que farão parte da educação infantil e que vão auxiliar no aprendizado da fala e da alfabetização, ampliar o vocabulário, introduzir novos conhecimentos, além de desenvolver a coordenação motora a partir de movimentos da dança e de sensibilizá-las para a música. “Tem que ter responsabilidade ao compor para o público infantil, pois tudo o que você coloca no CD ou DVD elas vão repetir. E isso exige concentração e dedicação diária. Não é algo que se faz da noite para o dia. Tem que se envolver e conhecer o campo que está pisando”, afirma Sandra Peres, vocalista da Palavra Cantada.

          Há mais de 16 anos no mercado de música infantil, a dupla Palavra Cantada – que também é composta pelo músico Paulo Tatit – produziu 12 CDs autorais, 4 DVDs e um repertório com mais de 100 canções, ultrapassando a marca de 1 milhão de álbuns vendidos. Suas músicas são feitas dentro de um padrão de qualidade que não subestima a inteligência mirim – ao contrário: as letras, melodias e arranjos são trabalhados de forma lúdica e poética para explorar as capacidades físicas, de memorização e de ritmo das crianças. O resultado tem agradado não só os pequenos, como também os pais e, especialmente, os professores de educação infantil, que passaram a adotar os álbuns como um complemento nas atividades escolares.

          Entre eles está o recém-lançado Livro de Brincadeiras Musicais da Palavra Cantada (Melhoramento), uma coleção com cinco volumes de livros, CDs e DVDs que traz 80 canções acompanhadas das letras e cifras das músicas e do passo a passo de como brincar em cada canção. As mídias ainda contam com o personagem do professor Beleléu, que apresenta conceitos musicais de melodia, timbre, pulso, compasso, ritmos como o balão e o maracatu, e os processos de construção dos instrumentos como forma de estimular o canto e a descoberta dos sons.

          “A criança é prática, então, não há nenhuma palavra apresentada nas canções de que não tenhamos levado em consideração o aspecto prático. Como é um trabalho focado no aprendizado musical, ela experimenta corporalmente alguns aspectos da música, que incluem ritmo, fraseado, timbre e aprende a distinguir um instrumento do outro. É só a partir da experiência e da vivencia que se consegue passar de fato um conceito para a criança, e as brincadeiras do Livro de brincadeiras da Palavra Cantada estimulam a desenvolvimento musical de forma abrangente, para crianças a partir de quatro anos”, explica Paulo Tatit.




PARA ADULTOS E CRIANÇAS


          Assim como a dupla Palavra Cantada, alguns artistas famosos, mas que não faziam trabalhos especificamente para as crianças, resolveram se aventurar para criar álbuns que favorecem a inteligência e a introdução ao mundo musical das crianças. Em 2002, Toquinho lançou o CD Herdeiros do Futuro, uma das ações do Projeto Guri para crianças e jovens carentes. No repertório, o cantor apresentou 13 canções que revelam fantasias e descobertas do universo infantil, como A Bicicleta e Aquarela. Inspirado no nascimento da filha Isabela, o casal Jair Oliveira e Tânia Khalil estreou nesse mercado com o álbum educativo Grandes Pequeninos, um projeto com músicas que ensinam, por exemplo, que as crianças devem andar de carro sentadas nas cadeirinhas. O disco tem participações de Jair Rodrigues e Luciana Mello, pai e irmã do cantor, e de amigos próximos, como Pedro Mariana, Seu Jorge, Simoninha, João Suplicy e Max de Castro.

           Arnaldo Antunes é outro artista que presenteou as crianças com um álbum com conteúdo expressivo. No ano passado, ele gravou Pequeno Cidadão, ao lado de Taciana Barros, Antonio Pinto e do guitarrista e compositor Edgard Scandurra. O CD Pequeno Cidadão foi pensado a partir de canções de ninar que todos criaram para seus filhos. Com 14 faixas que vão da bossa nova ao rock, o disco foi denominado pelo grupo como “música psicodélica para crianças” para destacar o conceito de que as produções infantis não precisam ser simples para tratar de questões como o momento de largar a chupeta. Agora, o Pequeno Cidadão será lançado em DVD, com clipes especiais.

          Sob o heterônimo de Adriana Partimpim, a cantora Adriana Calcanhotto também já lançou dois CDs infantis: o Adriana Partimpim (2004), que gerou o DVD Adriana Partimpim, o Show (2005), e o Dois, que recentemente virou o DVD Dois é Show e acaba de chegar às lojas. “A vontade de brincar de música me levou a investir em produções para crianças. Achei que seria interessante oferecer a eles um trabalho feito com muita dedicação e tenho sido feliz desde que essa aventura começou. Deixei-me contaminar pelo universo infantil e as canções foram me levando a montar um repertório rico em poesia e aspectos lúdicos”, conta Adriana Partimpim.

          A proposta dos trabalhos de Partimpim é incentivar o contato com a arte e revelar as diversas possibilidades da música através de melodias inspiradas em poesias de escritores que marcaram a literatura de língua portuguesa, algo quase impossível de se imaginar para o público infantil. No CD Dois, por exemplo, a canção O Trenzinho do Caipira traz a letra que Ferreira Gullar escreveu para a peça instrumental de Heitor Villa-Lobos, e Alface é uma versão de Augusto de Campos para um poema do inglês Edward Lear. Fatos históricos também deram asas às músicas presentes no álbum, como Alexandre, de Caetano Veloso, que conta a história dos amores de Alexandre, o Grande, príncipe e rei da Macedônia. O CD ainda traz músicas clássicas de João Gilberto, Erasmo Carlos, Vinícius de Moraes e Bob Dylan.

         Já o DVD Dois é Show é um complemento do CD e as crianças têm a chance de assistir a tudo o que é imaginado nas canções com a multiplicação de personagens interpretados pela cantora durante o show Partimpim. A experiência de produzir para crianças tem sido tão agradável e empolgante que Adriana Calcanhotto garante que haverá novos trabalhos para elas. “A ideia é criar discos enquanto houver vontade e repertório que justifique. É tão divertido fazer o que todo mundo deveria experimentar. Não existe nada como olhinhos de criança brilhando na escuridão de uma plateia”, confessa Adriana.




MÚSICA DE BRINQUEDO


          Com um projeto ousado, a banda mineira Pato Fu também se aventurou no mundo dos pequeninos e surpreendeu com o recente lançamento Música de Brinquedo. As 12 faixas do disco foram gravadas com instrumentos infantis que os integrantes do grupo adquiriram para presentear seus filhos (e que permitiam reproduzir qualquer som afinado), além de alguns ligados à musicalização infantil. Entre eles, guitarra em miniatura, caixinha de música, xilofone de latão, apitos, calculadora, um telefone de plástico e até mesmo um jogo Gênius, que simulou um saxofone. “Nem todos os instrumentos de brinquedo são “tocáveis” e separar as tranqueiras das verdadeiras joias foi uma empreitada e tanto. Fizemos bastante pesquisa em lojas, oficinas artesanais e sites. Eu, por exemplo, nas viagens que realizei nesse período, voltava com a mala cheia de cornetas de plástico, tecladinhos eletrônicos baratos e qualquer tipo de traquitana que tivesse um apelo infantil”, revela o guitarrista Jonh Ulhoa, produtor do CD.

          Para deixar bem claro a presença desses instrumentos, todas as canções escolhidas para o CD são releituras de clássicos nacionais e internacionais, como Ovelha Negra, de Rita Lee, Sonífera Ilha, dos Titãs, e Love Me Tender, de Elvis Presley. “Os arranjos de brinquedo teriam um efeito muito mais potente se aplicados a produções conhecidas, que tivessem arranjos emblemáticos. Assim, ouvimos velhas canções adultas e tiramos praticamente nota por nota, só que com instrumentos de brinquedo”, conta Ulhoa.

          A principal dificuldade para a gravação foi unir a afinação dos instrumentos e harmonizá-la aos arranjos. Isso sem contar o trabalho de tocar brinquedos que, muitas vezes, mal cabiam entre os dedos. Mas, para a vocalista Fernanda Takai, o resultado foi gratificante, especialmente por se tratar de um álbum que contou com a participação da própria filha, Nina Ulhoa, com o guitarrista da banda. “As crianças têm gostado muito e os pais que compraram o disco também cantam e querem logo ver o show! Acho que esse disco tem a função de diversão para a família. De um jeito bem simples e despretensioso, mostramos que os brinquedos que temos em casa podem ser usados para fazer som de verdade. É para brincar de tocar e cantar”, afirma Fernanda.



(Almanaque Saraiva – OUTUBRO / 2010)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS - RESGATANDO A AUTO-ESTIMA




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     Nos últimos anos a Educação de Jovens e Adultos (EJA) cresceu muito, isso porque a população está interessada em melhorar o seu nível de escolaridade.

     “Sendo a educação um direito de todos”, conforme a (Constituição de 1988, em seu Art. 2008, parágrafo 1º), é mais do que justo que estas pessoas com mais de 15 anos de idade tenham a oportunidade de voltar aos seus estudos, já que não a tiveram em idade escolar.

     O acesso ao conhecimento científico constitui, hoje, uma necessidade de tal modo que ninguém mais pode arrogar-se o direito de permanecer indiferente ao quadro de exclusão educacional que se verifica no país, quadro este que se agrava pelo fato de que um grande contingente dentre esses excluídos que não tiveram oportunidade de iniciação escolar, ficando assim afastados da alfabetização (domínio básico da escrita e da matemática), sendo que essas disciplinas constituem uma importância elevada na aquisição do conhecimento.

     Devido esta razão, constata-se a ocorrência e a movimentação que processos que visam promover uma educação de jovens e adultos, seja no ensino regular ou em programas de investigação para a prática pedagógica.

ALFABETIZAR PARA ALÉM DAS CARTILHAS É ALFABETIZAR PARA O MUNDO
Método de Alfabetização de Adultos de Paulo Freire
(por Angela Adriana de Almeida Lima - Publicado 23/07/08)



      O renomado educador brasileiro Paulo Reglus Neves Freire jamais concordou com práticas educacionais que transmitissem aos sujeitos um saber já construído. Ele acreditava que o ato de educar deve contemplar o pensar e o concluir, contrapondo a simples reprodução de ideias impostas - alfabetização deveria ser sinônimo de reflexão, argumentação, criticidade e politilização.

     Se em práticas educacionais envolvendo alfabetização em níveis de escolaridades "adequados", metodologias tradicionais de ensino não despertam interesse do educando, no EJA estas ações são um convite a evasão escolar. Ao pensar em alfabetização de adultos, Freire considerou a ausência de sentido presente nas lições das cartilhas, com frases desvinculadas da realidade do alfabetizando - que após trabalhar o dia todo, sentava em uma cadeira, preocupado com o gás, a água, a energia elétrica, o alimento e o salário do mês - e ouvia frases como "O boi baba e bebe" ou "Vovô viu a uva". Em que frases como estas contribuiriam para seu cotidiano? Aprender a ler e escrever para quê?

    Uma mudança seria eminentemente necessária. As atividades apresentadas a eles também eram desmotivantes ao processo, pois traziam suas respostas prontas, sem a necessidade de uma reflexão sobre o assunto. Apesar de que não havia o que um adulto, trabalhador, assalariado pudesse analisar em frases - desprovidas de informação - como as acima citadas. Então, realmente as práticas envolvendo a alfabetização de adultos estavam desvinculadas da realidade de seus educandos.

     Paulo Freire iniciou suas pesquisas de campo, e através delas pode confirmar que as metodologias e os materiais didáticos utilizados, estavam desmotivando os alunos, que demoravam muito a apresentar resultados e acabavam abandonando os estudos. Após esta conclusão, Freire elaborou seu método, montou sua equipe e partiu para o desafio de alfabetizar para além das cartilhas.

    Para realização de seu trabalho, o educador deveria saber ouvir o educando em suas experiências e através delas elaborar seu roteiro de ação, apresentando materiais que apresentassem sentido para a vida dos alfabetizandos, proporcionando a eles ricos momentos de reflexão, durante os "círculos de cultura" - nomenclatura utilizada por Freire para apresentar essa fase do método.

    Os resultados foram surpreendentes, os alunos foram alfabetizados em pouco tempo e apenas um se evadiu, evidenciando o sucesso do método. Então, várias novas cartilhas que estimulavam o pensar crítico e consciente foram elaboradas - todavia foram presas ainda na gráfica.

     E Freire foi exilado por vários anos, fato que não o impediu de continuar sua luta por uma nova proposta educacional em território brasileiro - uma educação transformadora.

     Ao retornar ao Brasil, Paulo deu continuidade aos seus trabalhos e transformando por onde passasse a forma de pensar de muitos oprimidos.

     Faleceu vítima de um enfarto, deixando várias obras literárias que tanto contribuíram e contribuem para a educação em nível mundial.

     Em seu legado Freire enfatiza a educação como prática de libertar o ser humano das amarras impostas por interesses pessoais e políticos, proporcionando a educadores reflexões a respeito de suas responsabilidades enquanto mediadores de conhecimento, livre de alienações que descaracterizam uma educação significativa e contrapõem a "formação de um cidadão crítico e consciente" - objetivo maior do processo educacional vigente.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O EQUILÍBRIO CORPORAL E OS DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM

          Crianças com distúrbio vestibular (a tontura como vestibulopatia pode se manifestar como vertigem – tontura giratória), têm dificuldade de descrever o que sentem, por isso, ficarmos atentos a sintomas associados se faz necessário. Um mal-estar indefinido, tonturas, quedas, cinetose, manifestações neurovegetativas, mau rendimento escolar e distúrbios de linguagem podem ser subsídios para uma possível identificação de uma labirintopatia como fonte destes problemas.
          O equilíbrio físico, a postura e a coordenação motora são alicerces fundamentais para a aquisição da aprendizagem da linguagem falada e escrita.
         Os distúrbios de aprendizagem em crianças portadoras de vestibulopatias acontecem pela desorientação espacial (concepção imprecisa de sua própria posição espacial), inabilidade para realizar movimentos coordenados e dificuldade de concentração. Estas crianças adotam posições cefálicas anormais durante a escrita. Têm sensações distorcidas do tamanho do seu próprio corpo e dos objetos circundantes. Algumas não conseguem avaliar adequadamente o seu peso e a extensão de seus membros.


(Revista Diálogo – CRFa1ª - Dez/2005)

domingo, 19 de abril de 2009

BONS PAIS X PAIS BRILHANTES



Bons pais dão presentes, Pais brilhantes dão seu próprio ser.

Bons pais nutrem o corpo, Pais brilhantes nutrem a personalidade.

Bons pais corrigem erros, Pais brilhantes ensinam a pensar.

Bons pais preparam os filhos para os aplausos, Pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos.

Bons pais conversam, Pais brilhantes dialogam como amigos.

Bons pais dão informações, Pais brilhantes contam histórias.

Bons pais dão oportunidades, Pais brilhantes nunca desistem.


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BONS PROFESSORES X PROFESSORES FASCINANTES

Bons professores são eloquentes, Professores fascinantes conhecem o funcionamento da mente.

Bons professores possuem metodologia, Professores fascinantes possuem sensibilidade.

Bons professores educam a inteligência lógica, Professores fascinantes educam a emoção.

Bons professores usam a memória como depósito de informações, Professores fascinantes usam-na como suporte da arte de pensar.

Bons professores são mestres temporários, Professores fascinantes são mestres inesquecíveis.

Bons professores corrigem comportamentos, Professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula.

Bons professores educam para uma profissão, Professores fascinantes educam para a vida.

(Augusto Cury, 1958)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

ACORDO UNIFICA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Em todo o mundo, 230 milhões de pessoas falam a Língua Portuguesa. Apesar disso, o idioma era o único que tinha duas formas de escrita - a europeia e a brasileira -, ao contrário de outras línguas, como inglês e espanhol, que possuem uma só grafia.
Esse detalhe aparentemente simples já causou muitos transtornos no intercâmbio cultural e científico entre as nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) - que são Brasil, Angola, Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - e mesmo na difusão do próprio idioma. Por isso havia a necessidade de um acordo para padronizar a ortografia entre os países. Juntos, eles somam uma população estimada em 230 milhões de pessoas (sendo 190 milhões só do Brasil). Com o acordo, a língua portuguesa deixará de ser a única com duas ortografias e poderá ser classificada como idioma oficial na Unesco.


O Brasil foi o primeiro país a implementar as novas regras, que começaram a valer a partir de janeiro de 2009. No dia 19 de setembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que estabelece o cronograma de implantação do acordo.

UM LONGO PROCESSO

A discussão sobre a necessidade da padronização da ortografia da Língua Portuguesa é uma realidade para os países integrantes da CPLP desde 1986 quando aconteceu, no Rio de Janeiro, o Encontro para Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa. Um dos grandes entusiastas desse prcesso era o filósofo Antônio Houaiss. Para ele, a falta de unidade ortográfica na língua trazia muitos problemas, tanto linguísticos quanto políticos. Em dezembro de 1990, o Acordo Ortográfico entre os integrantes da CPLP é finalmente assinado pelos signatários de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Timor Leste ainda não era um país livre, portanto, somente ratificou o Acordo mais tarde.
 
Apesar da assinatura do documento, houve resistência à sua efetiva implementação, sobretudo por parte de Portugal, país em que as alterações podem chegar a 1,6% das palavras adotadas. Apesar dos problemas, o Acordo foi ratificado, dando à Língua Portuguesa uma unidade ortográfica.

No Brasil, as mudanças foram feitas de forma gradativa a partir de 1º de janeiro de 2009, com um prazo de conclusão até o início de 2013. O decreto determina que, nos quatro anos de transição, sejam aceitas as duas formas.
 
As mudanças avetaram aproximadamente 0,43% das palavras adotadas no Brasil.

O Acordo Ortográfico foi organizado em 21 bases. Essas bases contemplam os aspectos que envolvem a língua portuguesa e aponta as mudanças necessárias.

O QUE MUDOU NO BRASIL COM AS NOVAS REGRAS:

I) ALFABETO

O alfabeto brasileiro ganha três novas letras: k, w e y. Passando a ficar com 26 letras. Seu emprego estará restrito a alguns casos, como nomes próprios, palavras estrangeiras incorporadas à língua e símbolos, abreviaturas e palavras adotadas como medidas de unidades internacionais.

Ex: Kuwait, show, downloud, km, Franklin.

II) HÍFEN

1. Deixará de ser utilizado:

* quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com s ou r, essas consoantes passam a ser duplicadas.

Ex: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom, extrarregulamentação.

* quando o prefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar com uma vogal diferente.

Ex: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoescola.

Exceção: será mantido o hífen quando o prefixo terminar com r ("hiper", "inter" e "super").

Ex: hiper-requintado, inter-resistente e super-revista.

2. Deverá ser utilizado:

* quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento.

Ex: micro-ondas, anti-inflamatório.

III) TREMA

Deixa de existir na grafia da Língua Portuguesa (quando indica que o u dos grupos gue, que, gui e qui é pronunciado). Mas a pronúncia permanece a mesma.

Ex: aguentar, consequência, linguiça, líquido.

Exceção: o trema permanece nos nomes próprios de origem estrangeira.

IV) ACENTO DIFERENCIAL

Não se usará mais para diferenciar:

1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição).

2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo).

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo").

4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo).

5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica).

V) ACENTO CIRCUNFLEXO

Não se usará mais:

1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem".

2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo".

VI) ACENTO AGUDO

Não se usará mais:

1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca".

3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

VII) GRAFIA

No português lusitano:

1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo".